Nossa Origem

A história da família Calvi no Espírito Santo

No final do século XIX, muitos italianos vieram para o Brasil fugindo de uma época muito difícil na Europa. Vieram pela promessa de terra para trabalharem e viverem uma vida melhor. No ano de 1879, uma parte da família Calvi desembarcaram no Porto de Vitória, sob os cuidados do Senhor Giuseppe Calvi, de sua mulher e seus filhos.

A origem do café no mundo

A história da origem do café no mundo é cheia de lendas, mas uma história é bem aceita, que o café tenha sido descoberto na Etiopia. A história conta que um pastor viu suas cabras comendo um arbusto de folhas amarelas e frutos vermelhos e os animais ficavam agitados após comer essas frutas.

Curioso com o que viu, o pastor levou alguns grãos de café da planta para um monge que não deu importância, dizendo que se tratava de frutos amaldiçoados e jogou as semente no fogo. Quando as sementes começaram a torrar no fogo, o cheioro de café tomou todo o ambiente e os monges gostaram e resolveram fazer uma espécie de chá com os grão torrados e ficaram adimirados com o resultado.

Porém, somente existem registros do consumo de cfé depois dos anos de 575 aC, mas o café não era consumido da mesma forma que hoje, ele era consumido como alimento, se fazia bebidas fermentadas com os frutos e com as folhas faziam chá.

Embora a origem do café ser africana, foi na Arábia que o café foi cultivado pela primeira vez. Lá o café era uma bebida muito conhecida por dar vigor e energia e por isso teve como seu primeiro nome, Cahue, que significa força e era consumida pelos monges em ritos religiosos.

A arábia se tornou um grande exportador de café do mundo, porque sua bebida era conhecida como o vinho arabe e conquistou o mundo e um ponto que foi fundamental para isso foi a criação da primeira cafeteria no século XV em Turkiye. Agora as pessoas tinham um local onde podiam se ver e beber café.

O café na Europa

No século XIX, o café chegou a Europa pelo porto de Veneza, mas não foi bem recebido pela religião dominante que dizia que a semente por ser de países mulsumanos, foi considerada uma bebida eretica.

Mas, mesmo com dificuldade, foi na Europa que o café se desenvolveu e tornou-se a bebida como a conhecemos hoje. No século XIX, o italiano de Turim, Angelo Moriondo inventou a primeira máquina de café rápido do mundo.

A chegada do café na América

Finalmente o café chegou na América atravez das embarcações olandesas, portuguesas e francesas que passaram a cultivar o café em suas colônicas espalhadas pelo mundo.

O café só chegou ao Brasil em 1727, quando Francisco Mello Palhete, bandeirante fluvial, trouxe uma muda de café que recebera de presente da esposa do governador francês em visita que fizera à Guiana Francesa. A primeira plantação de café foi da espécie arábica na região do Pará, norte do Brasil.

A chegada das famílias italianas ao Brasil é repleta de uma história de esperança, mentiras e vitórias.

Quando as primeiras famílias de italianos chegaram ao Brasil fugindo da fome que assolava a Europa no final do século XIV, muitos procuravam um ponto mais fresco, como no sul do Brasil ou região montanhosa, onde o clima era agradável e mais parecido com da Itália. No entanto, as temperaturas aqui no Brasil eram muitas vezes mais altas do que na Europa e muitos italianos adoeceram devido à temperatura excessivamente elevada.

No começo, o café não era a cultura preferida da família italiana no Brasil, porque a prioridade era fornecer alimentação para a família, ou seja, subsistência, então as plantações eram mais comuns serem de banana, batata, abóbora, milho e a criação de animais como vacas e porcos.

Muitos imigrantes italianos trabalhavam como empregados nas plantações de café, mas a força cultural do povo italiano imediatamente os tirou da condição de dependentes e os tornou proprietários, seja como comerciantes, ferreiros, carpinteiros ou agricultores e consequentemente cafeicultores.

Chegada da família Gioseppe Calvi

Embora a maioria dos imigrantes italianos no Brasil tenha vindo trabalhar como empregados nas plantações de café no início do século XX, muitas vezes porque lhes foi prometida uma vida de fartura e que quase sempre e infelizmente era mentira. Mas, alguns preferiram procurar terras dadas pelo governo brasileiro. O problema é que essas terras estavam sempre longe da cidade e dentro da floresta, mas, de todo modo a terra era deles e eles podiam trabalhar e todos os frutos do seu trabalho eram seus e foi esse o caminho que a família Giuseppe Calvi decidiu seguir.

A família morava na província de Belluno na Itália e chegou ao porto de Vitória, capital do Espírito Santo no ano de 1879 e seguiu para a cidade de Virginha Nova, onde desembarcaram e adquiriram um terreno onde iniciaram uma nova vida. Inicialmente foi preciso extrair parte da floresta para plantar culturas para seu próprio sustento, ou seja, produzir alimentos para sustentar a família.

A primeira geração da família trabalhou basicamente para subsistência, mas quando a segunda geração da família já estava instalada, por volta do ano de 1920, não demorou muito para que começassem a produzir coisas que pudessem comercializar, como bananas, laranjas , queijo, leite e claro café arábica. Essa nova atitude significava que a família teria a possibilidade de adquirir coisas que lhe trariam uma vida melhor.

Hoje somos a quinta geração da família Giuseppe Calvi e ainda preservamos a memória das nossas origens e o amor à nossa pátria mãe, a doce Itália.